A enxaqueca é uma doença que se manifesta principalmente por uma dor de cabeça moderada ou intensa, constante, unilateral e latejante. Conhecida por ser uma dor na maioria das vezes incapacitante, esse problema causado por um distúrbio cerebral que afeta vários níveis do sistema nervoso central e/ou periférico [1] não é o mesmo para todas as pessoas. Algumas delas apresentam o que é chamado de aura, um fenômeno visual adicional à dor de cabeça. Entenda mais sobre o que é isso e quais os principais riscos da enxaqueca.
A aura é um estado que antecede a dor e causa desconforto
A aura da enxaqueca é um conjunto de distúrbios sensoriais, de linguagem, motores, mas em sua esmagadora maioria, visuais, que podem preceder a dor de cabeça ou até mesmo acompanhá-la [2]. O sintoma pode aparecer como flashes de brilho ou luzes piscantes, visão nebulosa, visão de ondas de calor ou na água, formas crescentes ou linhas em zigue-zague [3]. Em alguns casos, a aura pode se manifestar isoladamente, sem ser sucedida ou acompanhada pela dor. [2]
Os riscos da enxaqueca com aura
A aura é uma característica importante para o diagnóstico da enxaqueca, pois, apesar de não ser a forma da doença mais comum, a enxaqueca com aura proporciona riscos particulares. Além da possibilidade de ser um sintoma de outras condições, como a epilepsia, por exemplo, ela pode ser um fator de risco para incidentes cardiovasculares, como o acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio (IAM) e fibrilação atrial (FA), além de tornar mais difícil o diagnóstico diferencial de outras doenças como a epilepsia occipital e o acidente isquêmico transitório (AIT) . [2][3]
O risco de problemas vasculares também pode ser agravado pelo uso concomitante de contraceptivos orais, o que é uma consideração importante, visto que mulheres em idade reprodutiva são as mais afetadas pela enxaqueca. Por isso, é importante ter um diagnóstico correto e buscar o acompanhamento médico de um especialista (neurologista), para avaliar o caso em profundidade e estabelecer o melhor tratamento. [3]
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Referências:
[1]: Pulleda F, Messina R, Goadsby PJ. An update on migraine: current understanding and future directions. Journal Of Neurology, 2017; 264(9): 2031–2039. - Consultado em 27/05/2020
[2]: Hansen J, Charles A. Differences in treatment response between migraine with aura and migraine without aura: lessons from clinical practice and RCTs. Journal Of Headache and Pain. 2019; 20:96 - Consultado em 27/05/2020
[3]: Viana M, Tronvik EA, Do TP, et al. Clinical features of visual migraine aura: a systematic review. The Journal of Headache and Pain. 2019; 20:64 - Consultado em 27/05/2020
MAT-BR-2001049